quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Progresso X Respeito à vida


 A controversa usina de Belo Monte vem sendo pensanda desde o governo militar, não obstante, sempre enfrentou resistência, pois, a localização da usina pode causar danos irreparáveis ao meio ambiente.

A construção da usina na bacia do rio Xingu, é considerada a maior obra do programa de aceleração do crescimento (PAC), do governo federal. Todavia, movimentos sociais e lideranças indígenas da região são contrários à obra porque não há uma dimensão suficiente dos impactos socioambientais. A região pleiteada pela obra é possuidora de uma incrível biodiversidade de fauna e flora. No caso dos animais, além da ampla variedade de espécies, existe algumas endêmicas e outras ameaçadas de extinção. Ademais, o projeto tem desconsiderado o fato de o rio Xingu ter uma população de 13 mil índios que sempre residiram lá. 

O barramento do Xingu representa a condenação desses povos e suas culturas milenares


  Recentemente, ignorando as críticas de ambientalistas, os processos judiciais e as queixas de indígenas, o IBAMA concedeu a licença para a instalação da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu em Altamira (PA). 
   É realmente debilitante perceber que essa suposta ideia de "progresso" tem a capacidade de preponderar-se em meio as relações humanas. É muito triste deparar-se com esse desrespeito aos direitos indígenas, pois, os povos da bacia do Xingu serão impactados de forma trágica com a construção dessa usina.

 *Que progressão é essa que precisamos regredir ao século XVI?
 *Alguém pode, por favor, me explicar como é que depois de cinco séculos da chegada dos europeus ao Brasil o extermínio de etnias pode continuar sendo visto como "façanha"?
 *Como a evolução da humanidade pode aceitar esse menoscabo aos Direitos Humanos?

Índios da tribo kalapalo, do Alto Xingu (MT),  protestando contra a construção da usina de Belo Monte.