terça-feira, 26 de julho de 2011

Mesmo em tempos de caos, uma flor rompeu o asfalto

  A seca que afeta os países do chifre da África, a pior dos últimos 60 anos, ameaça 12 milhões de pessoas na Somália, assim como a população do Quênia, Djibuti, Sudão e Uganda.


  Em meio a toda essa situação catastrófica, em Seattle, nos Estados Unidos, uma menina de apenas nove anos, gerou uma campanha por doações que já arrecadou mais de US$ 165 mil para levar água a comunidades carentes na África. Rachel Beckwith, era apenas uma criança, não obstante, ela foi capaz de passar ao mundo uma verdadeira lição de cidadania, solidariedade...

  Rachel Beckwith havia pedido no mês passado, para seu nono aniversário, que familiares e amigos fizessem doações para uma organização não governamental em vez de lhe dar presentes. Seu objetivo era arrecadar US$ 300.

 Na semana passada, porém, Rachel ficou gravemente ferida em um acidente. No último fim de semana, sua família decidiu permitir o desligamento dos aparelhos que a mantinham viva artificialmente e doaram seus órgãos.

A notícia da tragédia chamou a atenção para a página que a menina havia criado no site da ONG charity:water para arrecadar doações. Em poucos dias, as contribuições superaram mais de 500 vezes sua meta inicial.

No início de sua campanha Rachel havia deixado a seguinte mensagem em seu site: "No dia 12 de junho de 2011, vou fazer 9 anos. Descobri que milhões de pessoas não vivem até seu quinto aniversário. E por que? Porque elas não têm acesso à água limpa e segura"

  Segundo a ONG charity:water, as doações recebidas por meio da página de Rachel Beckwith já haviam ajudado até a manhã desta terça-feira a fornecer fontes de água potável para 8.290 pessoas.  

 Eu sinceramente não tenho palavras para qualificar a insigne ação humanitária que foi realizada por esta criança. Apenas lembrei-me de trechos de Vinicius de Moraes e Carlos Drummond.

"Se todos fossem iguais a você
Que maravilha viver"
 
"O tempo ainda é de fezes, todavia, uma flor nasceu na rua, furou o asfalto"

terça-feira, 19 de julho de 2011

Respeito: palavra árdua e irresoluta

 Hoje, estava lendo o jornal 'Folha', quando subitamente vi a notícia: "Pai e filho são agredidos após serem confundidos com casal gay"

     Eu reli o lead por mais umas três vezes para ter a confirmação daquilo que os meus olhos viam, ou melhor, para que minha mente processasse tamanha asneira. Compreendo que o machismo possui raízes remotas e é inerente a nossa cultura; compreendo também que o preconceito com as pessoas que tem como objeto de desejo outras, que possuem genitália igual, não irá ser aniquilado com a primeira alvorada, pois, um individuo não vai dormir néscio e acorda atilado, impossível!
     Não obstante, mais impossível é encontrar um nome para o ato realizado por estes ignaros que foram capazes de agredir duas pessoas por julgar que elas tivessem uma relação homoafetiva. 
 Sim, se não fosse uma relação de pai e filho, se fossem dois homossexuais, e daí? Alguém pode, por favor, me dar uma explicação plausível, para que eu possa compreender a lógica do preconceito e discriminação por identidade de gênero ou por orientação sexual diferenciada da heterossexualidade.
     Alguém pode, por favor, me explicar também, até quando nossa sociedade permanecerá imergida em preconceitos estultos, ineptos, idiotas...
     É realmente irrisório e digno de escárnio ver pessoas que acreditam serem preponderantes  a outras devido a sua etnia, opção sexual, seus credos ou qualquer outra tolice.


 O saudoso Machado de Assis dizia: "Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes." -Espero que antes da edição definitiva, algumas pessoas de nossa sociedade beba uns goles da taça 'noções de cidadania e respeito'

Uma das vítimas das agressões que teve a orelha decepada e agora precisará de uma cirurgia para reconstrução da orelha. Um absurdo!
 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Negacionismo: uma teoria abjeta

     Sinto-me estarrecida ao ler essas metodologias de negacionistas do Holocausto. Eu sinceramente não compreendo essas conclusões pré-determinadas que ignoram extensivas evidências históricas. Negar o Holocausto é a mais cruel manifestação do antissemitismo atual!

*Recapitulando um pouco sobre o que foi o Terceiro Reich ou a Alemanha Nazista:

  A ideologia nazista foi formulada por Adolf Hitler e esteve em vigor na Alemanha no período de 1933 a 1945. Nesse período, Hitler desenvolveu sua política expansionista, antissemita, extremamente nacionalista e militarizada; uma combinação aliada aos sentimentos de superioridade racial e vigança.

  O fünher, Adolf Hitler, em partes inspirado na ideologia eugênica (desenvolvida pelo antropólogo, Francis Galton, no século XIX ) designou-se então a promover uma verdadeira “limpeza racial”. A intenção era limpar a raça ariana de todo o mal que ameaçasse a pureza genética, desse modo, iniciou a política de exclusão a judeus, ciganos, negros, homossexuais, comunistas e doentes mentais.

   Em 1941, o fünher, resolveu por em prática um plano organizado para exterminar os judeus – a chamada “solução final”. A princípio, o fuzilamento era o método mais comumente utilizado para assassinar os judeus, porém, observando o efeito psicológico e o cansaço que os fuzilamentos em massa causavam em seus perpetradores, surgiu então, a necessidade de desenvolver algo que matasse de forma rápida, impessoal e conveniente. Dessa forma, começam a serem içados os muros dos primeiros campos de extermínio com câmaras de gás. Consequentemente, ao final da segunda guerra mundial, o número de judeus mortos pelo nazismo ultrapassava os cinco milhões.

  Teóricos negacionistas, como vocês explicam a demografia populacional reconstituída a partir da época anterior à segunda guerra; se seis milhões de judeus não foram mortos, o que aconteceu com eles?

Campos de concentração e cotidiano dos judeus. Um estado lastimável de inanição; não se consegue diferenciar os contornos de seus corpos, tudo parece uma massa disforme.

  *Essa teoria da conspiração antissemita é um desrespeito as comunidades judaicas, pois, desconsidera os testemunhos de sobreviventes e provas irrefutáveis, como por exemplo, o Diário de Anne Frank.