sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Muito além do anos de chumbo

“A tortura é uma degradação hedionda
para qualquer um que a empregue e –
isto ultrapassa os limites do horror -,
para qualquer um que a sofra.” 



       Entre as décadas de 60 e 80 o Brasil vivenciou uma ditadura militar e, este, tornou-se um período marcado pelo despotismo, veto aos direitos estabelecidos pela constituição, opressão policial e militar, encarceramentos e suplício dos oponentes. Nessa época a censura aos canais de informação e à produção cultural foi intensa,  tudo era acompanhado muito de perto pelos censores do governo para que a população não tivesse acesso as informações sobre o que genuinamente ocorria no país.




        Durante vinte e um anos o Brasil foi governado apenas por militares, Foi um longo tempo de enfrentamentos políticos e sociais. Esse período foi caracterizado pelo despotismo, pela extinção dos direitos constitucionais, perseguição política, encarceramento e longo sofrimento dos opositores.


            Entre as mais diversas manifestações culturais, a música foi  a que mais sofreu com a censura, devido à sua capacidade perspicaz de entrar no inconsciente das pessoas, e por esse motivo vários autores musicais acabaram aprisionados e expatriados, vários discos foram vetados e recolhidos, algumas canções nem chegavam ao conhecimento dos ouvintes. Possuímos uma enorme lista de artistas que foram exilados, presos e/ou até torturados pelo Regime vigente naquela época, entre eles, cito o paraibano Geraldo Vandré que ficou bastante conhecido após sua composição "Pra não dizer que não falei das flores".








        Essa bela canção, esteve entre as mais cantadas pelos manifestantes, porém, tivemos também muitos cantores que aos olhos do Estado eram tratados como nocivos. Cantores como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Elis Regina, Milton Nascimento, Raul Seixas... entre outros, representavam uma afronta à Ditadura, por suas canções de protesto que tentavam conscientizar a população, por utilizarem a arte como instrumento de agitação política.


Imprensa alternativa

"Durante a ditadura aparecem no Brasil cerca de 150 periódicos regionais e nacionais de oposição ao Regime Militar. Denunciam a tortura, as violações dos direitos humanos, a falta de liberdade, o arrocho salarial e a degradação das condições de vida dos trabalhadores. O marco inicial da imprensa alternativa ocorre em 1969, com O Pasquim. Depois aparecem o Bondinho (1970), Polítika (1971), Opinião (1972), o Ex (1973), entre outros. A partir de 1974, a imprensa alternativa adquire o caráter de porta-voz de movimentos ou grupos da esquerda. Destacam-se os jornais Movimento (1974), Versus (1975), Brasil Mulher (1975), Em Tempo (1977), e Resistência (1978)."

Bom, como indicações de filmes que retratem o que foi a Ditadura Militar no Brasil, eu posso indicar os seguintes:
* Batismo de Sangue - Dirigido pelo cineasta  Helvécio Ratton e baseado no livro de Frei Betto.
* O ano em que meus pais saíram de férias - Dirigido por Cao Hamburger
* Zuzu Angel - Dirigido por Sérgio Rezende









Nenhum comentário:

Postar um comentário